João Baptista Nascimento, nascido em 1909, foi um marceneiro lustrador, mas, muito mais que isso, foi um grande craque do XV de Jaú.
Mais conhecido como João Gostoso na vida futebolística, foi o maior artilheiro do Galo da Comarca. Estreou no time no dia 21 de fevereiro de 1926, com 17 anos, em Jaú, contra o Voluntários da Pátria, de Campinas.
Semanas depois, fez seu primeiro gol com a camisa verde e amarela, no dia 07 de março de 1926, contra o time de Bocaina, em um empate de 2×2.
Nessa partida, João Gostoso marcou o primeiro gol dos seus 224 de sua jornada pelo XV.
Ele somou 421 jogos no total, quantidade expressiva para atletas da época, em que não havia tantas partidas anualmente, como ocorrem hoje, se tornando o maior artilheiro da história do XV de Jaú. Nosso Pelé de Jaú.
Em campo, João Gostoso conquistou mais de:
*Apuração conforme jogos divulgados nos materiais encontrados da época.
João Gostoso participou das primeiras décadas do XV de Jaú, acompanhando sua evolução até se profissionalizar, e passou pelos três primeiros campos que sediaram nosso querido clube, antes do grande Estádio Zezinho Magalhães: campo da Rua Sete de Setembro, do Colégio dos Padres (São Norberto) e Arthur Simões.
O último jogo de João Gostoso pelo XV foi em 06 de junho de 1948, em Jaú, contra São Manoel. fazendo o último gol de sua carreira pelo clube, aos 40 anos, somando 22 anos de dedicação ao clube. Mesmo após sair de dentro do campo, o Galo da Comarca ainda fazia parte da vida de João Gostoso, até falecer em 1986, aos 77 anos.
João Gostoso é parte da história e legado do XV.
Barra Bonita foi a equipe que sofreu mais gols de João Gostoso.
O jogador chamou atenção em sua carreira e em vários momentos foi comparado ao Pelé, sendo apelidado, então, como o Pelé de Jaú por quem o acompanhava.
“Fico muito orgulhoso de ver os mais velhos que acompanharam a carreira dele dizer que ele foi o Pelé da época [de Jaú]”
Nascimento (ex-jogador do XV e filho do João Gostoso)
No Início da história do clube, o XV de Jaú pagava aluguel para ter a Sede Social ao Lado de um Bar. Em certa ocasião, como não pagou aluguel, o proprietário fechou a porta da Sede Social com os pertences do XV dentro. O XV jogaria no domingo seguinte e não tinha uniforme e bolas, então, João Gostoso, com mais um colega, adentraram pelo telhado e retiraram todos pertences e o Jogo realizou-se normalmente.
Mais do que grandes histórias e vitórias, o legado de João Gostoso para o XV de Jaú é visto também em alguns de seus filhos, que também atuaram pelo Galo da Comarca:
Roberto Benedito Nascimento (Guiné)
Jogou o Amador com seu pai
• 22 Jogos, 6 Gols, 9 Vitórias, 3 Empates, 10 Derrotas
• Jogou de 1948 a 1952
• Faleceu em 28-07-1952 aos 23 anos
Gilberto Ismael do Nascimento (Giba)
• 98 Jogos, 38 Gols, 39 Vitórias, 21 Empates, 38 Derrotas
• Jogou de 1964 a 1967
Adalberto Luiz do Nascimento (Nasci)
• 104 Jogos, 15 Gols, 34 Vitórias, 23 Empates, 47 Derrotas
• Jogou de 1964 a 1967
Assim, a família de João Gostoso é a que mais ofereceu grandes nomes ao Galo da Comarca.
À época, ainda não havia o sistema de identificação dos jogadores através do número nas costas dos uniformes. A identificação era feita por meio das diferentes toucas que os jogadores usavam.
Os grandes nomes que fizeram parte da história do Galo da Comarca devem ser lembrados e honrados.
João Gostoso, o Pelé de Jaú, não possuía número, mas, se houvesse, com certeza seria o camisa 10!
A camisa está à venda na XV Store, loja oficial do clube.
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